29 junho 2012

A história de um piercing parte 2: guerreando com a inflamação


Eu contei que precisei remover o meu primeiro piercing industrial e que isso me deixou pra lá de chateada. Também contei que, deixei a frustração de lado, me apoiei na teimosia e rumei a um novo estúdio para fazer novas perfurações. Mas não falei sobre as partes mais interessantes dessa história.

Dessa vez não senti uma dor terrível durante as perfurações, foi bem mais tolerável. O profissional foi mais cuidadoso ao fazer a assepsia da área e a recuperação estava sendo maravilhosa. Estava porque, numa manhã quando acordei terrivelmente atrasada, a blusa enganchou no piercing e eu só percebi quando senti dor ao puxá-la. Incrível como as coisas dão errado quando estamos sem tempo, não? Esse pequeno traumatismo acabou se transformando numa inflamação. Minha orelha inchou, a região machucada ficou vermelha e dolorida. Chateada, procurei ajuda médica (queria ter certeza que era só uma inflamação e não uma infecção), falei com o piercer e, além de cuidar da região com aquela mesma atenção de sempre (sabonete + antisséptico), estou tomando antiinflamatório. Tudo parece estar evoluindo de forma satisfatória, mas continuo com medo que algo dê errado.

Aliás, esse medo de "perder" o piercing é uma sensação que não quer mais me abandonar. Pode parecer bobagem mas, depois de tanto tempo desejando ter esse industrial, colocá-lo foi a realização de um sonho. Esse piercing me faz feliz. 

Pode inflamar, pode doer que eu vou no médico, no piercer e até na China antes de te perder piercing!
2 comentários Postado por Elena às 01:52
24 junho 2012

Dias de desânimo


Eu tenho andado desanimada, acreditando que ficar escondida embaixo das cobertas é a solução para todos os meus problemas e sem energia para realizar todas as tarefas que me foram atribuídas. Eu não sei o que aconteceu, mas eu fiquei cansada.

Meu super projeto de mestrado, àquele incrível fruto de pesquisa quase infinita, escrito com todo o carinho e alegria do mundo, caiu no limbo e eu só quero que ele acabe. Isso é o que eu mais desejo no momento: que ele acabe, que eu possa sentar quieta e escrever a dissertação, longe de pessoas para quem não tenho saco. Aliás, metade do meu cansaço provém de ter que sorrir e ser agradável com pessoas que gostaria de ignorar ou mandar para o inferno. Uma pena que não posso. 

Fonte: we heart it.

Então eu acordo cansada, chateada de ter que ser toda sorrisos e educação com quem não merece, incrivelmente triste por estar amarrada a um projeto e a um ritmo de vida que já não me representam mais.
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14 junho 2012

O que não quebra, estraga.

Tudo que é essencial para meu trabalho e sobrevivência tem se quebrado ou estragado.
Segunda-feira meu óculos de grau (sou cega) foi esmagado e está sobrevivendo graças a um conserto porco, digno daquele executado por Harry Potter antes de conhecer Hermione Granger.
Hoje passei duas horas tentando ligar o computador. Entre lágrimas e soluços, prometi que se ele ligasse salvaria tudo que é de fato importante (artigos, fotos e dados da pós) e deixaria-o estragar em paz.
Já salvei tudo que precisava e não quero desligar o computador porque essa história de deixar estragar em paz é mentira pura, eu adoro esse bichinho e ainda não tenho como substituí-lo.

Então, daqui a alguns minutos quando desligá-lo, vou começar a rezar mentalmente para que amanhã ele volte pra mim :)
0 comentários Postado por Elena às 14:21
09 junho 2012

Entre erros e acertos, prevalece a teimosia.

Eu esperei pelo pior na evolução do transversal por que sentia que algo estava errado. Segui todas as recomendações indicadas pelo profissional, acessei vários sites sobre o assunto e recorri a artigos da área médica para entender melhor como o corpo reage à colocação do piercing. 

Infelizmente, nem toda a informação e boa vontade do mundo foram capazes de corrigir os efeitos nocivos de um piercing mal colocado. Não tive inflamação nas perfurações, não apareceram quelóides e a pericondrite nunca ultrapassou as linhas do artigo científico, mas a jóia exercia uma pressão tão forte sobre a cartilagem auricular que uma pequena lesão se formou. Não sei se posso chamá-la de escara, mas é um termo que permite que as pessoas entendam o que aconteceu: a jóia ficou tanto tempo pressionando a cartilagem que formou uma lesão que acompanhava o trajeto do piercing. Quase uma "casinha" onde a jóia iria aos poucos se esconder. 

Fonte: we heart it.

Em todos os lugares que pesquisei não encontrei nenhum relato desse problema, nem imaginei que isso poderia acontecer, até que os sintomas surgiram. Primeiro comecei a sentir pressão na orelha, mas achei que era um bom sinal, que aquela pressão era na verdade o peso do piercing. Depois veio a ardência durante as lavagens, quando executava aquela clássica "virada" no piercing. Isso me deixou com a pulga atrás da orelha, afinal a ardência não irradiava das perfurações. Então durante a aplicação do antisséptico, decidi ir contra as recomendações e deslocar o piercing, descobrindo a lesão.

Triste, chateada e frustrada desenrosquei a esfera inferior e retirei o piercing, com muito cuidado. Limpei a orelha, apliquei antisséptico de forma generosa e fui chorar no cantinho do banheiro. Depois de tanto esforço e cuidado, a batalha estava perdida e o meu querido piercing, nas minhas mãos.

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Então, provando que sou teimosa, engoli as lágrimas e rumei para outro profissional - coloquei outro transversal, na outra orelha. Mas a história desse novo piercing fica para mais tarde porque esse post já ficou muito grande. 
0 comentários Postado por Elena às 19:37
08 junho 2012

25 em 365


25 coisas em 365 dias

Eu sei, existem projetos semelhantes na internet. O que me inspirou propõe a realização de um número maior de coisas por um período mais longo de tempo (101 coisas em 1001 dias), mas eu sou mais impaciente que a maioria das pessoas. Eu quero realizar coisas pequenas em poucos dias simplesmente porque daqui a um ano poderei olhar para os itens riscados e pensar, aliviada, que fiz alguma coisa da minha vida :)

Fonte: we heart it.
  1. Deixar o cabelo crescer
  2. Ler 10 livros 
  3. Colocar piercing na orelha Coloquei o transversal em maio
  4. Frequentar a academia de forma regular
  5. Assistir 5 filmes no cinema
  6. Arrumar um emprego
  7. Zerar a fatura do meu cartão de crédito (e parar de usá-lo)
  8. Escrever uma dissertação MATADORA (!)
  9. Viajar para um lugar legal sozinha e tirar várias fotos
  10. Falar o básico do alemão de forma invejável
  11. Tomar café da manhã na padaria
  12. Começar a usar o básico de maquiagem diariamente
  13. Comprar um computador novo
  14. Organizar minhas músicas de forma decente, num mp3 player e guardá-lo com carinho
  15. Organizar meu guarda-roupa, doando/vendendo os itens que não servem ou não são usados
  16. Tomar uma atitude a respeito daquele menino
  17. Começar a correr
  18. Comprar um anel de formatura falso para substituir o perdido
  19. Tirar 20 fotos de lugares que eu adoro nas cidades que moro/frequento
  20. Assistir todos os filmes do Harry Potter num único dia
  21. Convidar velhos amigos para sair
  22. Decorar meu quarto ("vou morar aqui pouco tempo" não é desculpa para deixar o lugar abandonado)
  23. Comprar uma jaqueta de couro
  24. Conhecer músicas/bandas novas
  25. Correr atrás da independência financeira
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03 junho 2012

Variáveis do acaso

Eu poderia te dizer que estou chateada mas a situação não é tão simples assim.
Depois de muito pensar, me descobri frustrada. Triste por estar concentrando tanta energia e cuidado num projeto que parece naufragar aos poucos. 
Sabe quando todos os esforços parecem ser em vão, quando você finalmente descobre que algumas coisas não dependem só dos teus cuidados para darem certo? Sabe aquele momento mágico da vida adulta quando você percebe que não pode controlar as coisas e que variáveis pouco imagináveis podem estragar tudo em poucos segundos? Pois é, estou numa situação dessas, onde eu não controlo nada e o acaso mexe com tudo. 
Depois de me estressar muito, acabei rindo. Parece que a minha vida pessoal começa -lentamente- a parecer com a profissional: projetos empolgantes derrubados pela ação de variáveis absurdas, que nenhum orientador me avisou que existia até que fosse tarde demais para reverter sua ação. 
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