07 julho 2012

Chateação, fome e consumismo

Fonte: Zero Chan

Quando eu estou chateada minha fome muda. Aumenta ou diminui, mas sempre muda.
Outra coisa que se altera é o consumo. Assim como a fome, ele aumenta ou diminui, sem nunca fazer algum estrago terrível com minhas finanças.

Mas a questão mais importante não gira em torno das possíveis alterações de peso ou das cores no meu extrato bancário, ela versa sobre os motivos escondidos nessas mudanças. Veja bem, quando eu estou chateada e frequentando o McDonalds de forma assídua, não sinto fome de verdade é só uma vontade gigantesca de comer para tapar algum buraco. Soterrar algum problema usando batatas fritas e refrigerante. E essa vontade passa rápido, assim que eu admito que comer não vai fazer o problema desaparecer.

Com as compras acontece o mesmo. Se estou triste ou descontente, costumo pensar que uma roupa nova vai fazer os sentimentos desaparecerem. Shoppingterapia, sabe? Talvez aquele sapato lindo da vitrine tenha poder suficiente para me fazer esquecer que o menino foi embora. Quem sabe caminhando com aquela sapatilha eu consiga esquecer o quanto curtia caminhar ao lado dele. Mas isso nunca acontece. Bens de consumo são só bens de consumo, eles não tem poder para mudar nada. Quer dizer, eles mudam o número de moedas guardadas no meu cofrinho.

Consumir diferentes produtos não faz com que eu me sinta melhor. Na verdade, essa falta de controle só faz com que eu me sinta pior, até mesmo desamparada. A estúpida pós-graduanda que acredita que o cartão de crédito tem poderes mágicos. Poderes mágicos temos nós, mas nunca os usamos de forma adequada, para mudar nossa própria vida.
Postado por Elena às 11:26

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