28 maio 2012

11 dias esperando pelo pior.

Hoje fazem 11 dias que eu coloquei o piercing. 
É um tranversal, também  conhecido como megabell ou industrial. Desses três nomes, eu prefiro transversal por ser uma denominação auto-explicativa (afinal, o piercing atravessa a orelha de forma transversal perfurando a cartilagem em dois pontos diferentes).
Senti muita dor ao colocá-lo - uma dor que eu não esperava, diga-se de passagem. Achei que seria mais tranquilo e, depois do procedimento, fiquei uns bons segundos sem saber ao certo onde estava. 
No dia da perfuração a orelha ficou bem vermelha e a dor não me abandonou no momento em que o profissional colocou o piercing, mas foi diminuindo com o passar dos dias e hoje não passa de um leve desconforto. Os cuidados não são muitos e incluem a limpeza (duas vezes por dia) com sabonete antibactericida seguida pela aplicação de um spray antisséptico no local. Obedecendo a recomendação do profissional que me atendeu, faço a limpeza com água morna corrente, deixando o sabonete agir por alguns segundos e girando a jóia. E tudo está indo muito bem :)

O problema é que eu me preocupo demais, fico bancando a neurótica e procurando pela internet todas as complicações mais absurdas que podem ocorrer depois da perfuração. Primeiro eu tive pesadelos terríveis onde uma inflamação aparecia sem aviso e o médico, depois de me dar um sermão gigantesco, retirava o piercing da orelha. Depois eu comecei a pesquisar o surgimento de quelóides acompanhando as perfurações - e morri de medo de acabar com uma cicatriz gigante. Então, finalmente, eu descobri a pericondrite pós-piercing que se caracteriza pelo eritema do pavilhão auricular, presença de febre e muita dor (!). Se a pericondrite não for tratada pode-se estabelecer um edema generalizado do pavilhão auricular, com formação de abscesso que pode levar à necrose isquêmica da cartilagem e à deformidade estética. Nesse momento, me imaginei sedada no bloco cirúrgico enquanto os residentes coletavam material e apostavam se a bactéria isolada seria (como costuma ser) Pseudomonas aeruginosa - sim, minha imaginação é fértil. 
Embora eu entenda que o surgimento desses três problemas está diretamente relacionado à falta de higiene e de cuidado adequado, não consigo não sentir medo e estou esperando o pior já fazem 11 dias.

E vai ser assim pelos próximos meses: muito cuidado, muito medo e muita oração para que a cicatrização aconteça de forma natural e sem problemas.

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Depois de procurar algumas vezes e não encontrar relatos da evolução do piercing após a colocação, achei que seria legal escrever a história do meu para ajudar os medrosos/neuróticos que procuram respostas na internet :)
Postado por Elena às 22:34

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